estamos no bairro jardim itu sabara rua 24 de agosto numero 190,prximo da av alberto pascualini

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terça-feira, 19 de julho de 2011

THE TAPE DISASTER

Como a ideia é divulgar todas as atividades relacionados ao estúdio, hoje vamos realizar a primeira de uma seria de entrevistas das bandas que produzem som de qualidade junto a nos.
A primeira delas vai ser com a The Tape Disaster, uma banda que está dando o que falar no cenário underground gaúcho, agradando tanto o público hardcore mais radical quanto o pessoal mais chegado no som instrumental.
Creio sinceramente que eles apresentam uma proposta nova no que refere a estilos aqui no estado e, por que não, no Brasil.
Então apresentando a banda The Tape Disaster.





1-contanos do começo da banda
Bem, iniciou a uns seis anos atrás, logo depois que saí da banda Atrack. Estava com muita coisa acontecendo e vi que não estava conseguindo me dedicar como gostaria a banda, então decidi sair. Nessa época a formação contava com o Rubinho na bateria, que deixou a banda logo depois. Senti bastante afinidade com o Rubinho nesses tempos em que tocamos juntos, que além de ser um dos meus melhor amigos é um dos maiores bateristas que já vi, e convidei ele pra tocar um projeto mais experimental, sem muito compromisso. Nesse meio tempo eu conheci o Bruno que até então era amigo do Andres, meu amigo de longa data. Os dois tocavam juntos em um projeto chamado How, em que o Bruno tocava bateria e o Andres baixo, junto com um amigo nosso chamado Jeferson. Nas pausas dos ensaios deles, o Bruno pegava a guitarra pra “brincar” assim como o Jeferson sentava na bateria pra “dar um tempo”. Nessas brincadeiras vi o incrível guitarrista que o Bruno era (além do grande baterista que era o Jeferson), e a afinidade que ele tinha com o Andres, que eu via pela primeira vez tocando baixo e já mostrava uma grande maturidade sonora. Não demorou muito pra começarmos a marcar os primeiros ensaios e tentarmos descobrir que projeto era esse. Hoje tenho orgulho de dizer que esses caras são, além de colegas de banda, meus melhores amigos.

2-sabemos que todos vcs vem de outros projetos algum de muito tempo atras,me conta como tu ve o scenario gaucho de 4 anos atras comparado com o de hj.

Estou vendo um cenário mais maduro, onde oportunidades reais estão aparecendo. Parecia que todos estávamos mais na raça e na coragem do que qualquer coisa a um tempo atrás, e parece que aquela euforia inicial está passando, e o cenário musical está podendo se auto avaliar melhor, conseguir separar as oportunidades reais que estão surgindo. Também parece estar mais auto receptiva, reconhecendo a qualidade de som ao nosso redor. Temos um cenário musical muito rico, sempre tivemos, mas as vezes precisa de um processo pra abrirmos os nossos ouvidos e nos despir de certos preconceitos pra conseguir realmente apreciar o que está na nossa volta. Espero que esse processo de legitimação de mercado e autolegitimação seja um caminho sem volta, em que a música possa se desenvolver em todos os níveis e sentidos na cena gaúcha.

3-No inicio a banda tinha un conceito diferente,vamos dizer,orientado aos vocais,depois da primeira demo a banda se dedica ao som instrumental,com pitada progressivas,nos conte como foi acontecendo essa mudança

Foi um processo muito natural e, fico feliz em dizer, orgânico. O processo de maturidade sonora pode ser longo e árduo, e precisa de dedicação e compreensão entre os envolvidos. Acho também que não tem fim, mas com certeza tem um começo. Começamos a descobrir um caminho novo e paradoxalmente mais abrangente do que jamais imaginamos. Parecia que estávamos dizendo mais sem palavras e, o mais incrível de tudo, que estávamos sendo compreendidos. Foi quando algumas oportunidades começaram a surgir. Fernando Rosa, dono do Senhor F discos, entrou em contato com o Rubinho, e parecia que ele estava gostando bastante do que estávamos fazendo e, o melhor de tudo, queria ver mais. Foi quando decidimos aprontar nosso EP inteiramente instrumental (já havíamos lançado duas músicas

instrumentais no nosso myspace, deixando as músicas antigas com vocal pra trás antes disso) para ser lançado pela Senhor F Virtual. Quando aprontamos o EP e estávamos encaminhando para lançamento, fomos contatados pelo Luiz, do selo paulista Sinewave, que nos propôs lançar o EP também. Conversamos com os dois e não houve problema em lançarmos pelos dois selos, que até hoje tem nos dado uma grande força de divulgação, shows e contatos.

4-as musicas e os nomes daz musicas tem alguma conotação do tipo,faz a muica primeiro e depois colocoa o nome, o viajam a partir de uma idea inicial

Bem, na hora de compor normalmente chegamos uma ideia mais crua do que a música acaba se tornando. Temos um processo extremamente democrático e fluido, e as vezes não sei se estamos compondo ou apenas seguindo linhas invisíveis da musicalidade presa a um subconsciente coletivo e acabamos sendo apenas marionetes de algo maior que nós. Ou se simplesmente nos entendemos dentro de um estúdio. Mas acho que todos temos nossas particularidades. Gosto de as vezes ter uma base conceitual para as composições, mas as vezes a construção dessa ideia só surge durante ou depois do processo, e como essas músicas são construídas por nós quatro, as vezes é preciso achar um caminho comum a todos para nos nortear. As vezes o nome da música é a última peça que falta desse mosaico.

5-Agradecemos pela pequena entrevista, deixa uma mensagem pros que tao lendo o blog

Bem, gostaria de agradecer a todo o apoio que o estúdio Hurricane nos deu durante todo esse processo. As gravações foram ótimas e é realmente incrível conseguir passar pra gravação tudo o que sentimos que as músicas precisavam. Com certeza fez parte do crescimento da banda o envolvimento do Sebbastian para o desenvolvimento e a qualidade desse material, e seremos sempre gratos.

Um grande agradecimento aos nossos selos, Senhor F e Sinewave que nos deram toda a ajuda possível para este material estar acessível para o maior número de pessoas possíveis e por acreditar na banda desde tão cedo nos oportunizando tanta coisa. O trabalho está recém começando.

E finalmente, a todos que apoiam e tem apoiado a banda durante todo esse tempo, e aos que estão nos apoiando agora, um muito obrigado de coração. Nos sentimos privilegiados por ter a oportunidade de poder fazer algo que amamos e é muito bom receber esse retorno positivo que estamos recebendo até agora.

Um grande abraço a todos.